Cattleya nobilior supernova

Fernando Terra Manzan

Supernova foi o nome dado aos resultados, independente do grau do cruzamento, entre matrizes da Cattleya nobilior amaliae com a Cattleya nobilior Reich. f..

A Cattleya nobilior Reich. f. é planta descrita em 1883, habita os estados de Goiás, Mato-grosso e Mato-grosso do Sul, podendo ser encontrada até a divisa com a Bolívia.

A Cattleya nobilior amaliae foi descrita na década de 60 pela jornalista goiana Amália Hermano Teixeira, e habita uma região bem menor no estado do Tocantins até a divisa com o estado da Bahia.

Para muitos orquidófilos a análise morfológica de várias diferenças tanto no vegetativo como nas flores destas plantas, cria uma forte corrente com relação a serem espécies distintas, o que levaria as chamadas supernovas à categoria de híbridos primários. Duas importantes alegações feitas pela corrente que defende a diferença das espécies são, a primeira a existência de todas as variações cromáticas tanto na Cattleya nobilior amaliae, como na Cattleya nobilior Reich. f.. A segunda, e até mais importante alegação, inclusive testada e analisada por vários cultivadores, seria que na autofecundação ou no cruzamento de matrizes da Cattleya nobilior amaliae, não resultaria uma única planta com características da Cattleya nobilior Reich. f. e o mesmo também não acontece na autofecundação e no cruzamento de matrizes da Cattleya nobilior Reich. f., não resultando nenhuma planta com características das amaliae.

Porém, outra forte corrente defende a teoria de serem subespécies da espécie Cattleya nobilior, que teriam se distanciado geograficamente ao longo dos anos e modificado morfologicamente através do tempo devido aos diferentes habitat, o mesmo que possivelmente possa ter ocorrido com a Cattleya guttata e a Cattleya leopoldii, assim como com a Cattleya granulosa e a Cattleya schofieldiana.

Estudos científicos estão sendo feitos por diversos pesquisadores, não só com a Cattleya nobilior, porém são novos e ainda demandam tempo e, principalmente, dinheiro. Estes estudos foram intensificados na última década com o objetivo de chegarem a uma conclusão sobre as espécies e, consequentemente, resolverem todos estes embates que geram problemas e muitas dúvidas sobre o futuro das espécies.